Com uma obra extensa que inclui mais de 30 livros, Josué de Castro foi capaz de lançar luz sobre a questão da fome, considerando-a não apenas como uma questão biológica, mas sim como um fenômeno social complexo. Em sua obra seminal “Geografia da Fome no Brasil”, publicada em 1946, o ativista desafiou a ideia preconcebida de que a pobreza e a fome eram fenômenos naturais e inevitáveis, explicando os variados fatores sociais, econômicos e políticos que levam à escassez de alimentos.
O legado de Josué de Castro no combate à fome é tão significativo que a Comissão de Direitos Humanos (CDH) lançou uma missão em seu nome, buscando continuar sua luta e promover a conscientização sobre a importância de erradicar a fome no Brasil e no mundo.
Sua abordagem holística e multifacetada para o tema da fome inspirou gerações de ativistas e acadêmicos a abordar o problema não apenas sob uma perspectiva individual, mas como um fenômeno intrinsecamente ligado a questões mais amplas de desigualdade, justiça social e direitos humanos.
Assim, o legado de Josué de Castro continua vivo e relevante nos dias de hoje, servindo como um lembrete poderoso da urgência de se combater a fome e a desigualdade em todas as suas formas.