Ex-namorado assassina mulher em bar de Piracicaba, interior de SP, em caso de feminicídio que choca o país.

No último domingo (10), um trágico incidente chocou a cidade de Piracicaba, interior de São Paulo. Um homem, identificado como ex-namorado da vítima, assassinou a tiros sua ex-companheira, Camila Cristina Galdino de Toledo, em um bar localizado na avenida Raposo Tavares. O crime brutal também resultou na morte de um dos sócios do estabelecimento, Diego Fernando Pinto, e deixou outro ferido.

O suspeito, após os disparos, fugiu do local em uma motocicleta. Imagens de câmeras de segurança do bar divulgadas posteriormente pela TV Globo mostram o momento em que o agressor se aproxima do grupo na área externa do estabelecimento e atira contra Camila, empurrando-a no chão. A tentativa de intervenção de Diego resultou em mais uma vítima fatal, demonstrando a violência extrema do agressor.

O irmão de Diego Pinto, também ferido no incidente, foi socorrido e encaminhado à Santa Casa da cidade para tratamento. O caso foi registrado como homicídio tentado, homicídio consumado e feminicídio pela Delegacia de Seccional de Piracicaba e segue sob investigação pelas autoridades locais.

O sepultamento de Camila ocorreu no crematório Memorial Metropolitano de Piracicaba durante a tarde de segunda-feira (11), enquanto o de Diego foi realizado no mesmo horário no Cemitério Municipal da Vila Rezende. A tragédia evidencia mais um caso de feminicídio, um problema grave e recorrente no país.

De acordo com levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, ao menos 10.655 mulheres foram vítimas de feminicídio no Brasil entre março de 2015 e dezembro de 2023. Em São Paulo, os casos de feminicídio atingiram o número recorde de 221 em 2023, mostrando a gravidade da violência de gênero na região.

Os dados da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo apontam um aumento nos casos de feminicídio no estado, com 23 vítimas somente em janeiro deste ano, o maior número para o mês nos últimos cinco anos. A violência contra a mulher continua sendo um problema alarmante e que demanda medidas urgentes para a prevenção e punição dos agressores.

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