Canadá e Suécia retomam financiamento à UNRWA, causando tensões com Israel: “Um grave erro”, diz governo israelense.

Na última sexta-feira, o Canadá e a Suécia anunciaram a retomada do financiamento à UNRWA, a Agência da ONU de Assistência e Obras para os Refugiados da Palestina. Essa decisão foi considerada um “grave erro” pelo governo de Israel, que acusa a agência de empregar terroristas do Hamas na Faixa de Gaza.

Esses dois países estavam entre os que suspenderam os pagamentos à organização humanitária após acusações feitas por Israel no início do ano. As acusações afirmavam que 12 funcionários dos 13 mil que trabalham para a agência em Gaza estavam envolvidos nos ataques liderados pelo Hamas contra Israel.

Em comunicados oficiais, tanto o governo da Suécia quanto as autoridades canadenses mencionaram que a UNRWA concordou em permitir auditorias independentes e em reforçar a supervisão interna. A Suécia informou que realizará um pagamento condicional inicial de cerca de US$ 20 milhões, enquanto o Canadá afirmou que recebeu um relatório preliminar da ONU sobre o assunto.

Por outro lado, o Ministério de Relações Exteriores de Israel afirmou que a retomada do financiamento por parte do Canadá e da Suécia constitui um incentivo para que esses governos continuem ignorando o envolvimento de funcionários da UNRWA em atividades terroristas. Segundo o porta-voz do Ministério, Lior Haiat, a agência é parte do problema e não contribuirá para uma solução na Faixa de Gaza.

Além disso, as tensões entre Israel e a UNRWA se intensificaram ainda mais quando o Exército israelense acusou a agência de empregar mais de 450 terroristas em Gaza. A UNRWA, por sua vez, alega que está sendo alvo de uma campanha para minar suas operações em um momento crucial, quando a população civil precisa urgentemente de assistência humanitária.

Enquanto isso, a União Europeia aumentou significativamente seus fundos para a UNRWA, afirmando que os palestinos não devem sofrer as consequências dos atos do grupo terrorista Hamas. Os Estados Unidos, por sua vez, aguardam os resultados das investigações da ONU antes de decidir se retomarão as doações, sendo o maior doador individual da agência.

Philippe Lazzarini, diretor da UNRWA, demonstrou otimismo em relação ao possível retorno de outros doadores nos próximos dias. A situação na Faixa de Gaza é preocupante, com relatos de fome generalizada e crescente desespero entre os civis. É crucial que os esforços humanitários continuem sendo realizados para ajudar aqueles que mais necessitam.

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