Repórter São Paulo – SP – Brasil

Participação feminina na ciência no Brasil cresce: proporção de pesquisadoras em publicações saltou de 38% para 49% nos últimos 20 anos.

Recentemente, foi divulgado um relatório da Elsevier-Bori que trouxe dados impressionantes sobre a participação feminina na ciência no Brasil. Nos últimos 20 anos, a proporção de pesquisadoras que assinam publicações científicas no país aumentou significativamente, passando de 38% para 49%. Essa evolução coloca o Brasil em uma posição de destaque, sendo o terceiro país com maior participação feminina na produção científica, ficando atrás apenas da Argentina e Portugal.

A pesquisa utilizou como base a base de dados Scopus da Elsevier, que permitiu analisar de forma detalhada a presença das mulheres na ciência, especialmente nas áreas de STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática). De acordo com o relatório, a porcentagem de mulheres nessas áreas passou de 35% em 2020 para 45% em 2022, evidenciando um avanço significativo.

Apesar dos avanços, ainda existem desafios a serem superados no que diz respeito à equidade de gênero na ciência. Um dos obstáculos identificados foi a redução da presença de mulheres à medida que a carreira avança, com menos mulheres sendo autoras ou coautoras em publicações científicas conforme aumenta seu tempo de experiência.

Além disso, o relatório apontou a predominância de homens em determinadas áreas, como matemática, ciência da computação e engenharia, onde as mulheres representam apenas uma pequena parcela dos profissionais. Outro dado preocupante foi a disparidade na concessão de patentes de inovação, com os homens acumulando significativamente mais direitos do que as mulheres.

Diante desses dados, fica evidente a necessidade de medidas que promovam a igualdade de gênero na ciência, garantindo que as mulheres tenham as mesmas oportunidades de desenvolvimento e reconhecimento no campo da pesquisa. A valorização do trabalho das pesquisadoras é fundamental para garantir avanços significativos e uma representatividade mais equilibrada no cenário científico nacional.

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