Durante esse período, ao menos 39 pessoas morreram em supostos confrontos com policiais militares, especialmente nas cidades de Guarujá, Cubatão, Praia Grande e São Vicente. A quantidade alarmante de homicídios levou entidades de direitos humanos a procurarem a ONU em busca de providências. Diante disso, o governador Tarcísio de Freitas declarou publicamente não se importar com as reclamações feitas.
As denúncias feitas pela Ouvidoria da Polícia contradizem a declaração do secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, que durante uma audiência na Alesp afirmou não ter conhecimento de queixas formais. Segundo ele, nenhum órgão correcional das polícias recebeu denúncias de abusos por parte das forças policiais.
Entretanto, a Ouvidoria afirmou ter encaminhado 44 ofícios a diversas autoridades, incluindo o governador Tarcísio e o secretário Derrite, solicitando imagens, laudos, boletins de ocorrência e elementos periciais para embasar as investigações das denúncias. Até o momento, não houve resposta por parte dos órgãos de segurança.
Essa não é a primeira vez que a administração de Tarcísio de Freitas deixa de responder às demandas da Ouvidoria da Polícia. O órgão já ultrapassou a marca de 3.500 casos sem resposta da Corregedoria da PM. Apesar disso, a Secretaria da Segurança Pública garante que todas as circunstâncias envolvendo mortes decorrentes de intervenção policial durante a Operação Verão estão sendo investigadas de forma rigorosa. E reitera o compromisso do Governo de São Paulo com a proteção da população e a correta aplicação das leis vigentes.
