Repórter São Paulo – SP – Brasil

Organizações ambientais e sociais exigem paridade de gênero, raça e classe na COP30 em Belém, manifesto pede diversidade e inclusão.

Dezenas de organizações ligadas a questões ambientais e sociais se uniram em um manifesto lançado nesta sexta-feira, 8 de março, Dia da Mulher, com o objetivo de exigir paridade de gênero, raça e classe na COP30, a conferência do clima da ONU que será realizada em Belém em 2025. O manifesto, organizado pelo Observatório do Clima e assinado por mais de 50 ONGs, destaca a importância de garantir a diversidade de participantes tanto na organização do evento quanto nas negociações.

Segundo o documento, é fundamental que as delegações do governo para a COP30 sejam compostas de forma equitativa, adotando medidas concretas para assegurar a representação de mulheres em todos os níveis de participação, levando em consideração critérios como raça, etnia, geração, identidade de gênero e orientação sexual nos espaços de decisão.

A manifestação das organizações reflete uma crítica histórica em relação à disparidade de gênero e raça nos espaços de negociação climática. Um exemplo recente foi a divulgação de um comitê organizador da COP 29, no Azerbaijão, composto exclusivamente por homens, o que gerou críticas e resultou na inclusão de mulheres na equipe.

Para as organizações, a inclusão de perspectivas de gênero em políticas climáticas, investimentos em programas de formação e igualdade de oportunidades, com a eliminação de barreiras que impedem o acesso das mulheres a recursos, são fundamentais. Além disso, a transparência nas ações do governo em relação à promoção da paridade e o combate à violência de gênero relacionada ao clima são condições essenciais.

As mudanças climáticas afetam de forma desproporcional as mulheres, as quais são mais vulneráveis à migração, violência, evasão escolar e perda de renda decorrentes de eventos extremos. O manifesto destaca que a inclusão plena e a igualdade de participação de mulheres, homens e outras identidades de gênero são essenciais para a construção de um futuro resiliente e sustentável para o planeta.

Portanto, o apelo das organizações é para que a COP30 seja um espaço verdadeiramente representativo e inclusivo, onde as vozes de todas as pessoas, independentemente de gênero, raça ou classe, sejam ouvidas e consideradas nas decisões sobre o futuro do clima global.

Sair da versão mobile