Repórter São Paulo – SP – Brasil

Ministério da Saúde identifica 70 casos de reações alérgicas à vacina contra a dengue, com 16 casos graves, em 365 mil doses aplicadas.

O Ministério da Saúde identificou que, até o momento, foram registrados 70 casos de reações alérgicas relacionadas à aplicação da vacina contra a dengue, dos quais 16 foram considerados graves. Apesar desses números, que representam apenas uma pequena parcela dos 365 mil doses da vacina aplicadas tanto na rede pública quanto privada, os membros da pasta e especialistas consideram que a incidência de reações está dentro do esperado.

De acordo com o Ministério da Saúde, 80% das 529 notificações de eventos leves, moderados, graves e erros de vacinação foram consideradas leves, e felizmente nenhum caso evoluiu para morte. A análise dos dados foi realizada em colaboração com a Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização e o Comitê Interinstitucional de Farmacovigilância de Vacinas e Outros Imunobiológicos.

O diretor do Departamento de Imunização e Doenças Imunopreveníveis, Eder Gatti, afirmou que, mesmo sendo um número pequeno em relação ao total de doses aplicadas, o Ministério da Saúde preza pela transparência e está atento aos resultados. Até o momento, 365 mil doses da vacina foram aplicadas, sendo a maioria pelo SUS.

Apesar do cenário positivo em relação à vacina contra a dengue, o país enfrenta uma grave situação em relação à doença, com mais de 1 milhão de casos prováveis registrados somente nos primeiros meses de 2024. A incidência da doença no Brasil indica uma epidemia, com uma média de 19.544 infecções por dia.

A maioria dos casos está concentrada em mulheres (55,5%), mas também há um alto índice de infecção em homens. As faixas etárias mais afetadas foram de 30 a 59 anos. Pardos e brancos foram os grupos étnicos mais atingidos, seguidos por pretos, amarelos e indígenas.

Diante desse cenário preocupante, o Ministério da Saúde reforça a importância da vacinação contra a dengue, principalmente para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos que vivem em áreas de alta transmissão da doença. A pasta enfatiza que a ampliação da faixa etária depende da disponibilidade de doses e do monitoramento contínuo da situação epidemiológica.

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