Governador de SP enfatiza ação policial na Operação Verão e minimiza denúncias na ONU: “Não tô nem aí”, diz Tarcísio.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, do partido Republicano, abordou novamente a Operação Verão em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (8), após entidades de direitos humanos denunciarem o estado na Organização das Nações Unidas. Durante a coletiva, Tarcísio ressaltou que as ações da polícia estão sendo realizadas com inteligência e profissionalismo.

Em relação às denúncias feitas por funcionários da Secretaria de Saúde de Santos sobre corpos de mortos na Operação Verão na Baixada Santista, que eram levados como vivos para hospitais para evitar perícia, o governador se manifestou dizendo que possui tranquilidade em relação ao que está sendo executado. Ele ainda afirmou: “Sinceramente, nós temos muita tranquilidade com o que está sendo feito. E aí o pessoal pode ir na ONU, pode ir na Liga da Justiça, no raio que o parta, que eu não tô nem aí”.

Tarcísio negou que o governo tenha recebido denúncias de irregularidades e assegurou que os fatos serão investigados: “Tem uma questão de denúncia, vamos investigar. Agora, nós precisamos de fato saber o que realmente aconteceu. Não há nenhum interesse da nossa parte em confrontar ninguém. Nós tínhamos lá uma série de barricadas, na baixada que foram removidas. Locais em que o poder público não entrava. Hoje a gente retirou todas as barricadas. A gente está restabelecendo a ordem. Não existe progresso sem ordem”, reiterou o governador.

O Ministério Público de São Paulo abriu uma notícia de fato para apurar as denúncias de que policiais militares estariam levando suspeitos mortos para hospitais como se estivessem vivos para evitar perícia. A ação teria ocorrido durante a Operação Verão, que foi desencadeada após a morte do soldado Samuel Wesley Cosmo em Santos. Até o momento, 39 suspeitos foram mortos na operação.

Consultada pela imprensa, a Secretaria de Saúde de Santos afirmou não ter conhecimento de coações sofridas pelas equipes do SAMU e que abrirá uma sindicância para investigar o caso. Por outro lado, a Secretaria de Segurança Pública afirmou que as mortes decorrentes de intervenção policial são investigadas com rigor pelas polícias Civil e Militar, com acompanhamento do Ministério Público e da Justiça de São Paulo.

É importante salientar que os casos de mortes em decorrência de intervenção policial são resultado da reação violenta de criminosos à ação da polícia no combate ao crime organizado, segundo a SSP em nota. A opção pelo confronto é dos suspeitos, colocando em risco a vida dos policiais e da população.

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