Na região do cerrado, os números foram ainda mais alarmantes, com um aumento de 18,5% no desmatamento em fevereiro. Vale ressaltar que a alta incidência de nuvens na região pode ter impactado a precisão dos dados, prejudicando a análise correta do cenário ambiental.
Normalmente, o início do ano apresenta números melhores em relação ao desmatamento, devido à temporada de chuvas que dificulta a derrubada da mata. Porém, o tempo nublado também pode afetar a captação de imagens pelos satélites, dificultando o monitoramento da situação.
Uma preocupação adicional é a cobertura de nuvens registrada pelo Inpe no cerrado, atingindo 77%, o maior índice já registrado pelo sistema. Isso pode indicar que áreas desmatadas não identificadas inicialmente poderão ser contabilizadas nos próximos meses, aumentando ainda mais os impactos ambientais na região.
O sistema Deter é fundamental para emitir alertas de desmatamento e orientar ações de fiscalização do Ibama e de outros órgãos competentes. No entanto, os dados completos e oficiais são fornecidos pelo sistema Prodes do Inpe, que é mais preciso e divulgado anualmente.
Os números do Prodes referentes ao período de agosto de 2022 a julho de 2023 mostraram uma redução de 22,3% no desmatamento da Amazônia em comparação com o período anterior. Já no cerrado, houve um aumento de 3% na perda de vegetação nativa. Esses dados reforçam a urgência em adotar medidas efetivas para combater o desmatamento e preservar o meio ambiente no país.