De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), a proporção de famílias com contas em atraso passou de 78,1% em janeiro para 77,9% em fevereiro. Esse resultado é inferior ao registrado no mesmo período do ano anterior, quando 78,3% das famílias estavam endividadas.
A CNC destacou que essa atitude mais cautelosa por parte das famílias em relação à busca por crédito, mesmo diante de menores custos com juros, evidencia um cenário de maior controle financeiro. A pesquisa considera como dívidas os valores pendentes em modalidades como cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, entre outros.
No que diz respeito à inadimplência, a porcentagem de famílias com dívidas em atraso reduziu de 28,3% em janeiro para 28,1% em fevereiro, atingindo o menor patamar desde março de 2022. A CNC ressaltou a importância desse declínio constante nos últimos meses, que reflete uma melhora no perfil de inadimplência das famílias brasileiras.
Em relação à classe média, foi observado que a redução do endividamento e da inadimplência foi mais expressiva. Em famílias com renda de até três salários mínimos mensais, a proporção de endividados se manteve em 79,2% em fevereiro. Já na classe média baixa, houve uma diminuição de endividados de 80,2% para 79,5% no mesmo período.
Esses dados indicam uma tendência de ajuste no orçamento familiar, com as famílias priorizando o controle das dívidas e reduzindo a busca por crédito. A CNC destacou que a queda na taxa Selic tem contribuído para esse cenário, permitindo que as famílias aproveitem melhores condições para quitar suas dívidas em atraso.