Entre os manifestantes, predominavam as cores roxo e lilás, que simbolizam a luta feminista, enquanto o verde representava a causa da legalização do aborto em países onde essa prática ainda é criminalizada. Além disso, as pessoas presentes denunciaram a violência de gênero, seja nos alarmantes números de feminicídio nos últimos anos, seja na discriminação e desigualdade no mercado de trabalho.
Sob chuva, a marcha teve início por volta das 18 horas e percorreu vários quilômetros até chegar à Rua Augusta. Durante o percurso, lideranças se revezaram ao microfone proferindo palavras de ordem, como críticas ao Estado de Israel e apoio à luta do povo palestino, mostrando também engajamento político dentro do protesto.
O evento também serviu para homenagear figuras importantes da resistência feminista no Brasil, como a psicóloga Nalu Faria, uma das organizadoras da Marcha Mundial das Mulheres, falecida em 2023. Ao longo do evento, mensagens eram exibidas em bandeiras, estandartes e cartazes, expressando demandas variadas, desde a igualdade de gênero até críticas à gestão presidencial de Jair Bolsonaro.
Aliás, a prisão do ex-presidente foi uma das pautas do protesto, exigindo que ele responda pelos retrocessos de seu governo e pela condução inadequada da pandemia de Covid-19. Para os manifestantes, a prisão de Bolsonaro seria justificada pelos danos causados à população durante a crise sanitária.
No total, estão previstos 26 atos em todo o Brasil, com mais manifestações agendadas para o sábado, em locais como Caruaru (PE), São Bernardo do Campo (SP) e Guarapari (ES). Em suma, a marcha na Avenida Paulista foi uma demonstração de força e união em prol dos direitos das mulheres e contra a desigualdade de gênero.