Testemunhas defendem inocência de casal líbio-brasileiro preso na Turquia por tráfico de drogas; defesa alega troca de etiquetas

Recentemente, testemunhas se pronunciaram em favor da inocência do casal líbio-brasileiro Ahmed Hasan e Malak Hasan, que estão presos desde novembro do ano passado na Turquia sob a suspeita de tráfico de cocaína. A defesa do casal alega que houve uma troca de etiquetas de bagagens no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, o que resultou na apreensão de malas com drogas na Turquia.

Nesta quinta-feira (7), funcionários da alfândega do aeroporto de Istambul deram depoimentos à Justiça turca, corroborando com a versão da defesa. No entanto, devido à ausência de uma das testemunhas na audiência, uma nova convocação foi marcada para o dia 21 de maio. Enquanto isso, o casal permanecerá detido.

A advogada Luna Provázio, responsável pela defesa do casal no Brasil, enfatiza que os testes de DNA realizados nas malas com cocaína não apresentaram as digitais de Ahmed e Malak. Mesmo assim, o tribunal solicitou mais exames para confirmar a inocência do casal.

Ahmed Hasan e Malak Hasan foram presos após um julgamento no Tribunal Criminal da Turquia, sendo que o empresário estava impedido de deixar o país há cerca de seis meses. Malak, que estava no Líbano, foi a Istambul participar de uma audiência na justiça e acabou presa também.

A defesa ressalta a importância de que o Governo brasileiro intervenha no caso, a fim de confirmar a ocorrência do crime de troca de etiquetas no Brasil e auxiliar na inocência do casal. O Ministério das Relações Exteriores informou que presta assistência consular ao casal desde julho de 2023, por meio do Consulado-Geral do Brasil em Istambul.

É importante destacar que casos de troca de etiquetas em bagagens para tráfico internacional de drogas não são inéditos. Em um caso semelhante na Alemanha, duas brasileiras foram presas injustamente, mas posteriormente liberadas e terão direito a uma indenização. A defesa do casal preso na Turquia reitera que eles foram vítimas da mesma quadrilha responsável pela troca de etiquetas das malas das brasileiras detidas na Alemanha.

Apesar das incertezas, a defesa mantém a esperança de provar a inocência do casal e ressalta que todas as provas apresentadas reforçam a sua não participação no crime. A defensora destaca que a situação de prisão provisória em presídios é triste e injusta, considerando que outras medidas menos severas poderiam ser aplicadas.

Em resumo, o caso do casal líbio-brasileiro preso na Turquia por suspeita de tráfico de drogas tem gerado comoção e apelos por justiça e apoio por parte das autoridades brasileiras. A defesa trabalha incansavelmente para comprovar a inocência de Ahmed Hasan e Malak Hasan, aguardando os desdobramentos do processo que se estende desde novembro do ano passado.

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