Feminicídios no Brasil: de 2015 a 2023, 10,6 mil mulheres mortas, sendo 1,4 mil só em 2023, aponta pesquisa do FBSP.

No Brasil, a realidade do feminicídio é alarmante, como aponta o levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). De 2015 até 2023, foram registradas 10,6 mil mortes de mulheres vítimas desse crime hediondo. No ano passado, 1,4 mil mulheres perderam suas vidas devido ao feminicídio, de acordo com os dados da pesquisa.

O feminicídio é um crime qualificado, caracterizado quando há a intenção de matar uma mulher em decorrência da violência de gênero ou por um sentimento de desprezo pela condição feminina. A lei que tornou este tipo de homicídio como crime específico foi sancionada em março de 2015, visando combater a violência contra as mulheres.

Entre os estados brasileiros, Mato Grosso se destaca por registrar a maior taxa de feminicídios, com 2,5 mortes para cada grupo de 100 mil mulheres. Já São Paulo, embora tenha o maior número absoluto de casos, com 221 feminicídios em 2023, apresenta uma taxa menor do que a média nacional, com uma morte para cada grupo de 100 mil mulheres.

O Distrito Federal foi a região que mais registrou aumento nos casos de feminicídio, com uma elevação de 78,9% de 2022 para 2023, totalizando 34 casos no ano passado. Outros estados como Acre, Rondônia e Tocantins também apresentaram altas taxas de feminicídio, com 2,4 mortes para cada 100 mil mulheres.

Ressalta-se o crescimento expressivo de 28,6% em Tocantins, com 18 mortes no ano passado, enquanto Rondônia teve uma queda de 20,8%, com 19 casos registrados. Já o Acre apresentou um aumento de 11,1%, totalizando dez feminicídios em 2023.

Diante desses números alarmantes, é crucial que políticas públicas efetivas sejam implementadas para combater o feminicídio e garantir a segurança e integridade das mulheres no país. A violência de gênero precisa ser enfrentada de forma contundente para que essas tristes estatísticas possam ser revertidas.

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