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Comunidade de Akin de Luciana I, em Serrano do Maranhão, é certificada como remanescente de quilombo pela Fundação Cultural Palmares

A Fundação Cultural Palmares certificou oficialmente a comunidade de Akin de Luciana I, localizada no município de Serrano do Maranhão, como remanescente de quilombo. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União, dando legitimidade à comunidade composta por quase 300 pessoas que subsistem da extração de diversos produtos naturais, como babaçu, óleo, mesocarpo, fubá, peixe, frutas, juçara, buriti e bacaba.

Esse reconhecimento ocorreu após um processo de autodefinição do grupo, fortalecendo a identidade e história dessa comunidade. Serrano do Maranhão, município originado de uma vila de pescadores e comunidades quilombolas, destaca-se por apresentar a maior proporção de pessoas pretas no país, de acordo com dados do Censo do IBGE divulgados no ano anterior.

Dos 10.202 habitantes do município, 58,5% se autodeclaram pretos, enquanto 55,7% se identificam como quilombolas, demonstrando a relevância histórica e cultural dessas comunidades para a região. A certificação da comunidade Akin de Luciana I, portanto, reforça a importância de preservar e valorizar as raízes quilombolas presentes na localidade.

Localizado a aproximadamente 190 quilômetros da capital maranhense, São Luís, Serrano do Maranhão destaca-se não apenas por sua população majoritariamente preta e quilombola, mas também pelo modo de vida e atividades econômicas desenvolvidas pelas comunidades locais. A extração sustentável de recursos naturais representa não apenas uma fonte de subsistência, mas também um legado cultural a ser protegido e valorizado.

Assim, a certificação da comunidade de Akin de Luciana I como remanescente de quilombo representa um marco na história e luta dessas comunidades, reconhecendo sua importância e contribuição para a diversidade cultural do Maranhão e do país como um todo.

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