Os produtos que mais contribuíram para o aumento no valor da cesta básica foram o feijão, banana, arroz, manteiga e pão francês. Em todas as capitais analisadas, o feijão apresentou aumento, enquanto a banana teve elevação em 16 cidades, com variações que chegaram a 19,83% em Belo Horizonte. Na comparação anual, 12 capitais apresentaram alta nos preços, com o Rio de Janeiro liderando as variações, seguido por quedas registradas em Recife e Natal.
O Rio de Janeiro foi apontado como a capital com a cesta básica mais cara, custando em torno de R$ 832,80, seguido por São Paulo, Porto Alegre e Florianópolis. Nas regiões Norte e Nordeste do país, os menores valores médios foram encontrados em Aracaju, Recife e João Pessoa, devido às composições diferentes da cesta básica nessas localidades.
Considerando a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estimou que o valor ideal da cesta básica em fevereiro deveria ser de R$ 6.996,36. Isso representa quase cinco vezes o valor do salário mínimo vigente, que é de R$ 1.412,00.
Esses dados revelam a dificuldade enfrentada pela população brasileira, especialmente em tempos de crise econômica, onde o custo de vida sobe e a renda da maioria dos trabalhadores não acompanha esse aumento. A alimentação básica se torna um desafio diário para muitas famílias, colocando em evidência a necessidade de políticas públicas que visem garantir acesso a alimentos saudáveis e de qualidade para toda a população.