Supremo Tribunal Federal define limite para porte de maconha: maioria vota pela descriminalização, mas critérios ainda estão em discussão.

Nesta quarta-feira, o Supremo Tribunal Federal (STF) retomou o julgamento sobre a descriminalização do porte de drogas para uso pessoal. Até o momento, cinco ministros já votaram pela inconstitucionalidade da criminalização do porte de maconha para consumo próprio, enquanto um voto considera válida a previsão do artigo 28 da Lei de Drogas, que trata do assunto.

O caso em questão envolve um recurso contra a decisão da Justiça de São Paulo, que manteve a condenação de um homem flagrado com três gramas de maconha. O processo teve início em agosto de 2015 e sofreu adiamentos devido a pedidos de vista dos ministros. O mais recente pedido foi feito em agosto de 2023 pelo ministro André Mendonça, que suspendeu o julgamento por 90 dias.

Ainda faltam votar os ministros André Mendonça, Kassio Nunes Marques, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Dias Toffoli. Com apenas mais um voto necessário para formar maioria favorável à liberação do porte de maconha para uso pessoal, os ministros também precisarão estabelecer critérios específicos, como a quantidade permitida para diferenciar usuários de traficantes.

Além disso, devido à repercussão geral do tema, a decisão do STF será seguida por todas as instâncias da Justiça ao analisarem casos semelhantes. Até o momento, os votos dos ministros têm se dividido em relação à descriminalização do porte de maconha, com diferentes propostas de limites e critérios para distinguir usuários de traficantes.

O debate sobre a descriminalização do porte de drogas para uso pessoal é complexo e envolve questões legais, sociais e de saúde pública. A definição do STF terá impacto significativo na forma como o tema é tratado no Brasil, influenciando as políticas públicas e o sistema judiciário como um todo. Resta aguardar os próximos votos dos ministros e a decisão final sobre esse importante tema.

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