Comitê de Monitoramento decide reduzir saída de água de usinas hidrelétricas para preservar reservatórios nas regiões Sudeste e Centro-Oeste.

O Comitê de Monitoramento do Sistema Elétrico (CMSE) decidiu, nesta quarta-feira (6), adotar medidas para enfrentar a crise hídrica que afeta o Brasil, especialmente as regiões Sudeste e Centro-Oeste. As usinas hidrelétricas de Jupiá e Porto Primavera, localizadas no Rio Paraná, sofrerão uma redução na saída de água, com o objetivo de preservar os reservatórios que se encontram em níveis preocupantes devido à baixa quantidade de chuvas nos últimos meses.

Segundo informações do Ministério de Minas e Energia, a redução da vazão permitirá preservar aproximadamente 11% do armazenamento de água na Bacia do Paraná até o mês de agosto, e cerca de 7% nos reservatórios das regiões Sudeste e Centro-Oeste. Essa medida é essencial para garantir o suprimento energético e evitar possíveis imprevistos que possam comprometer a segurança dos consumidores.

No final de fevereiro, os reservatórios de todo o Sistema Interligado Nacional apresentavam uma capacidade de apenas 66%, o que representa uma queda de 14,1% em relação ao mesmo período do ano passado. Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, o percentual de armazenamento de água era de 65%, mostrando a gravidade da situação.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, ressaltou a importância de monitorar de perto a situação e tomar as medidas necessárias para garantir o abastecimento de energia elétrica no país. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) estima que as vazões das usinas continuarão abaixo da média histórica nos próximos meses, o que reforça a necessidade de um plano de contingência para lidar com a escassez de água nos reservatórios.

Diante desse cenário desafiador, o setor elétrico brasileiro enfrenta um momento crítico que exige ações rápidas e eficazes para garantir a estabilidade do sistema e o fornecimento de energia para toda a população. A conscientização e o uso racional da energia elétrica também se tornam fundamentais para atravessar essa crise sem maiores impactos.

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