Repórter São Paulo – SP – Brasil

CAE aprova projeto que cria novo modelo de investimento para startups em fase inicial, com dispositivo para conversão de investimentos em participação societária.

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou nesta terça-feira (5) o projeto de lei complementar (PLP) 252/2023, que promete revolucionar o investimento em startups no Brasil. De autoria do senador Carlos Portinho (PL-RJ), o texto recebeu relatório favorável do senador Izalci Lucas (PSDB-DF) e agora segue para votação no Plenário em regime de urgência.

O projeto propõe a criação do Contrato de Investimento Conversível em Capital Social (CICC), um novo modelo de investimento inspirado no Safe, utilizado no mercado internacional. A ideia é que os valores investidos em startups sejam convertidos futuramente em participação societária, sem se configurarem como dívida. Isso traria mais segurança jurídica e transparência tributária tanto para as startups quanto para os investidores, conforme destacou o senador Carlos Portinho.

Atualmente, o modelo mais utilizado para investimentos em startups é o mútuo conversível em participação societária, que estabelece prazos para a restituição dos recursos e admite a conversão em participação na empresa. No entanto, Portinho ressalta que os investidores não buscam receber juros como em um empréstimo convencional, mas sim se tornar sócios das startups. A conversão é vista como um indicativo de progresso e sucesso da empresa.

O senador Izalci Lucas também defendeu a aprovação do projeto, destacando a importância das startups para o desenvolvimento de novas tecnologias e o aumento da produtividade em diversos setores da economia. Ele ressaltou que a proposição traz uma inovação significativa para fomentar o investimento de risco e impulsionar o crescimento do ecossistema de inovação no país.

Com a aprovação do PLP 252/2023, espera-se que o ambiente de investimento em startups se torne mais favorável, proporcionando um impulso ao desenvolvimento tecnológico e econômico do Brasil. A expectativa é que a novidade traga benefícios tanto para empreendedores quanto para investidores, contribuindo para a consolidação do mercado de inovação no país.

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