De acordo com o biólogo Rafael Maciel de Freitas, especialista em Aedes aegypti e pesquisador do Laboratório de Mosquitos Transmissores de Hematozoários do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), o mosquito não deposita seus ovos diretamente na água, mas sim na parede vertical de criadouros artificiais. Isso significa que, mesmo que o pratinho aparente estar seco, os ovos podem estar presentes na lateral, a poucos milímetros da água, dificultando sua visualização.
Algumas medidas podem ser tomadas para evitar a eclosão dos ovos e a proliferação do mosquito. Uma delas é não acumular água nos pratinhos e, caso seja necessário mantê-los, colocar areia no fundo para evitar o acúmulo de líquido. Além disso, é importante trocar a água das plantas cultivadas em recipientes regularmente, pelo menos uma vez por semana, e descartar o conteúdo no solo, não no ralo, caso larvas sejam encontradas.
É importante ressaltar que, apesar de muitas pessoas acreditarem que plantas como bromélias podem servir como criadouros para o Aedes aegypti, estudos indicam que essas plantas não são os habitats preferidos pelo mosquito. O foco deve estar nos pratinhos e recipientes que acumulam água de forma constante.
Por fim, vale ressaltar que a utilização de plantas aromáticas como alecrim e citronela pode ter algum efeito repelente, mas não seria suficiente para afastar efetivamente o mosquito e prevenir picadas. Portanto, é fundamental adotar medidas preventivas, como eliminar locais de acúmulo de água e realizar a manutenção adequada das plantas em casa, garantindo um ambiente seguro e saudável para toda a família.