SÃO PAULO – Março Azul Marinho: Campanha de conscientização sobre prevenção do câncer colorretal ganha destaque no Brasil.

A cada ano, mais de 40 mil novos casos de câncer colorretal, também conhecido como câncer de cólon e reto, surgem no Brasil, segundo estimativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Esta é a terceira forma mais comum de câncer no país, atingindo principalmente indivíduos acima de 50 anos, sedentários e com hábitos alimentares baseados em comidas processadas. Em março, é realizada a campanha Março Azul Marinho, que visa conscientizar a população sobre a prevenção e combate a esse tipo de câncer.

O câncer colorretal abrange tumores que afetam uma parte do intestino grosso (o cólon) e o reto. Geralmente tratável e curável, principalmente se for detectado precocemente, antes de se espalhar para outras partes do corpo. Muitos desses tumores se originam de pólipos, lesões benignas que podem crescer na parede interna do intestino grosso.

Os fatores de risco incluem histórico familiar, alimentação pouco saudável, sedentarismo e outros hábitos de risco. A coloproctologista Marília Marcelino enfatiza que a hereditariedade, embora não seja uma garantia, aumenta as chances de desenvolver a doença. Além disso, a falta de fibras na dieta, consumo excessivo de alimentos processados e industrializados, junto com o tabagismo, álcool e inatividade física, influenciam diretamente no surgimento do câncer colorretal.

Apesar de mais comum em pessoas acima de 50 anos, a especialista aponta que a idade deixou de ser um fator determinante, pois o câncer está sendo diagnosticado em indivíduos mais jovens devido aos hábitos de vida inadequados.

Os sintomas do câncer colorretal, que se desenvolve lentamente, incluem mudanças nos hábitos intestinais, sangramento nas fezes, perda de peso, dores abdominais, entre outros. O exame de colonoscopia é fundamental para prevenção e diagnóstico precoce, especialmente em pessoas com histórico familiar da doença. Durante esse exame, lesões suspeitas podem ser removidas para análise laboratorial.

A chance de cura do câncer colorretal é alta, podendo chegar a 90%, dependendo do estágio da doença. O tratamento inclui quimioterapia, radioterapia e cirurgia, especialmente se houver metástase. A conscientização pública é essencial para remover o estigma em torno da doença e promover a detecção precoce. O Março Azul Marinho desempenha um papel crucial nesse sentido, disseminando informações e orientações para a população.

Ações como a disponibilização de uma cartilha informativa pela Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) contribuem para a prevenção do câncer colorretal. A informação e o acesso a exames preventivos são essenciais para combater essa doença e salvar vidas.

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