Presidente da Academia Friburguense de Letras é indiciada por racismo e intolerância religiosa contra judeus em redes sociais.

A presidente da Academia Friburguense de Letras, Maria Janaína Botelho Corrêa, está sendo acusada de racismo e intolerância religiosa contra judeus. A Polícia Civil do Rio de Janeiro a indiciou pelos crimes, que foram encaminhados para a Justiça após a investigação conduzida pela Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi).

Segundo relatos, as acusações têm como base postagens feitas por Maria Janaína em redes sociais, entre janeiro e fevereiro deste ano. Ela teria escrito frases como “Judeus canalhas!”, “Judeus sionistas genocidas!”, “E também sou antissemita. E daí?” e “Está na hora do olho por olho dente por dente e fazer assassinatos seletivos de judeus sionistas”.

A legislação considera que crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional podem ser punidos com pena de prisão de 1 a 3 anos, além de multa. Diante disso, a situação de Maria Janaína se torna delicada.

Em uma nota enviada à Agência Brasil, Maria Janaína se defendeu das acusações, alegando que houve erros de digitação em algumas de suas postagens. Ela afirmou que em comentários como “Mentiras, Mentiras e mentiras dos judeus genocidas” e “Judeus canalhas!”, a palavra “sionista” foi suprimida por engano, alterando o sentido das mensagens.

Sobre a frase “E também sou antissemita. E daí?”, a presidente da Academia Friburguense de Letras esclareceu que sua intenção era escrever “antissionista” e não percebeu a substituição da palavra pelo sistema. Ela ainda se arrependeu da publicação que falava sobre “fazer assassinatos seletivos de judeus sionistas”, alegando que era uma provocação e que não comunga com a violência, mesmo em situações de guerra.

A repercussão do caso tem gerado polêmica e levantado discussões sobre os limites da liberdade de expressão e o combate à discriminação e ao preconceito racial e religioso. O desfecho desse episódio ainda é incerto, mas a acusação contra Maria Janaína Botelho Corrêa certamente terá desdobramentos significativos.

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