Repórter São Paulo – SP – Brasil

Indígena kulina é transferido para Manaus com complicações na gravidez e marido desaparece, sendo encontrado morto. Ministério da Saúde responsabiliza governo do Amazonas.

No Amazonas, um trágico incidente chocou a população e levantou questões sobre a responsabilidade do governo estadual na transferência de uma mulher indígena para tratamento em Manaus. Madiha Kulina foi transferida para a capital devido a complicações na gravidez, acompanhada pelo marido, Tadeo Kulina. No entanto, Tadeo desapareceu da maternidade e foi encontrado morto, com sinais de espancamento na cabeça.

O Ministério da Saúde afirmou que o transporte de Tadeo foi responsabilidade do governo do Amazonas, que não respondeu aos questionamentos da imprensa até o momento. A Polícia Civil também não se pronunciou sobre o andamento das investigações, deixando o caso envolto em mistério.

De acordo com o Ministério da Saúde, o acompanhamento de um profissional de saúde indígena não era factível, uma vez que Tadeo já estava designado como acompanhante da esposa no voo de transferência. O transporte foi realizado via Sister, um sistema do complexo regulador do estado, e a paciente foi internada na Maternidade Ana Braga de Manaus.

Após o parto e a recuperação da mãe e do bebê, Tadeo desapareceu do hospital e seu corpo foi encontrado dias depois, levantando suspeitas sobre as circunstâncias de sua morte. O Ministério Público Federal abriu uma investigação para apurar possíveis omissões na área de saúde indígena.

A tragédia expôs a condição precária em que vivem os madihas kulinas, um povo de recente contato que enfrenta dificuldades e violência em sua região. Relatos de desnutrição, insegurança alimentar e violência são frequentes, exigindo uma atenção urgente por parte das autoridades competentes.

Enquanto a comunidade kulina se vê diante de mais um episódio trágico, a população indígena da região clama por justiça e por medidas efetivas para garantir sua segurança e bem-estar. O caso de Tadeo Kulina e sua esposa serve como um alerta para a necessidade de proteção e cuidado aos povos originários da Amazônia, que continuam enfrentando desafios e adversidades em seu dia a dia.

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