CNA prevê queda de até 1% no PIB da agropecuária em 2023, impactada por menor produção de grãos e aumento nos custos.

A Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) divulgou uma estimativa preliminar indicando uma possível queda de 0,5% a 1% do Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária para este ano. Essa projeção contrasta com o crescimento robusto de 15,1% registrado em 2023. De acordo com Renato Conchon, coordenador do Núcleo Econômico da CNA, esse declínio é atribuído principalmente à redução na produção de grãos e ao aumento dos custos de produção devido ao consumo intermediário.

Os grãos desempenham um papel fundamental no setor agropecuário, sendo responsáveis por grande parte de seu desempenho. Porém, variações na produção desses alimentos podem impactar significativamente o resultado geral do setor. A CNA também projeta um crescimento de 1,7% no PIB nacional para este ano, mas ressalta que essa estimativa será revisada posteriormente.

Em relação ao desempenho de 2023, a CNA considera o crescimento de 15,1% do PIB da agropecuária como positivo, destacando a contribuição significativa do setor para o crescimento econômico do país. Caso não fosse pela agropecuária, o Brasil teria registrado um crescimento muito mais modesto de apenas 1,6%.

Esse crescimento foi impulsionado principalmente pela maior produção de soja, milho e café arábica, que apresentaram aumentos expressivos em suas safras. No entanto, houve quedas na produção de trigo e laranja, o que impactou negativamente o resultado global do setor.

Com esse desempenho acima da média nacional, a participação da agropecuária no PIB brasileiro aumentou de 6,8% em 2022 para 7,2% em 2023. No entanto, com a previsão de queda do PIB agro para este ano em relação ao crescimento nacional, é esperado que a participação do setor no PIB do país recue para o patamar histórico entre 6,5% e 7%.

Em suma, a agropecuária continua sendo um setor crucial para a economia brasileira, mesmo diante das variações de produção e dos desafios enfrentados. A CNA continuará monitorando esses indicadores e ajustando suas projeções conforme novos dados forem divulgados.

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