Megaoperação policial no Rio de Janeiro resulta em nove mortos em confrontos de facções pela disputa de território.

Na última terça-feira, uma megaoperação policial realizada em diferentes regiões do estado do Rio de Janeiro deixou nove mortos. O objetivo da ação era apreender armas que estavam sendo enviadas para a zona oeste da capital, uma área que o Comando Vermelho (CV) tenta dominar completamente, de acordo com informações fornecidas pela polícia.

Além da apreensão de armas, a operação tinha como alvo lideranças da facção criminosa, que, segundo investigações, fugiram para a Rocinha, na zona sul. O CV planeja estabelecer um “cinturão” entre a Baixada Fluminense, a zona norte e a zona oeste, o que tem gerado conflitos com milicianos e traficantes do Terceiro Comando Puro (TCP) em diferentes regiões.

O chefe do CV, conhecido como Doca, vem planejando a expansão da facção desde janeiro de 2023, aproveitando o enfraquecimento da milícia que atua na região. Investigadores afirmam que não há diferenças significativas na atuação de traficantes e milicianos, já que ambos cobram taxas dos moradores e vendem drogas, porém, existe um maior envolvimento de agentes públicos com milicianos do que com traficantes.

A disputa entre as quadrilhas tem se intensificado, especialmente após a morte de Rodrigo Dias, também conhecido como Pokémon, chefe da milícia de Rio das Pedras. A região é conhecida por ser o berço da milícia no Rio e apresenta altos lucros provenientes da exploração de vans, com um lucro mensal estimado em R$ 3 milhões.

A zona oeste tem sido o principal cenário de confronto, com envio de armas e homens para o território. Enquanto na zona norte os conflitos envolvem as facções do CV e TCP, na Baixada Fluminense a disputa é entre milícia e CV. Em entrevista coletiva, o secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Vitor Santos, destacou a importância da operação policial como resposta às invasões e para proteger a população local.

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