Empresários do grupo Melhor Atacadista são presos em nova fase da Operação Lesa Pátria da Polícia Federal

Na manhã desta quinta-feira (25), a Polícia Federal deflagrou a 25º fase da Operação Lesa Pátria, resultando na prisão de dois empresários suspeitos de financiar e fomentar os fatos ocorridos em 8 de janeiro de 2023, quando o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal foram invadidos em Brasília. Os alvos da operação são Joveci Xavier de Andrade e Adauto Lúcio de Mesquita, sócios do grupo Melhor Atacadista.

A defesa dos empresários informou que ainda não teve acesso à decisão emitida pelo Supremo Tribunal Federal, mas ressaltou seu compromisso em esclarecer todos os fatos. Em nota, destacaram a importância das investigações e reiteraram seu compromisso com a democracia, o Estado de Direito e o respeito às instituições brasileiras. O grupo do qual fazem parte afirmou ser contra o vandalismo e a intolerância política, acreditando que a democracia se constrói com pensamentos divergentes, mas sem violência.

Na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do Distrito Federal, Joveci Xavier de Andrade negou ter participado dos atos de 8 de janeiro, mas admitiu ter estado no local durante as invasões. Ele afirmou que sua empresa não patrocinou qualquer material utilizado nos protestos, garantindo que na sua empresa “só sai mercadoria paga”.

A operação contou com 34 mandados judiciais, incluindo busca e apreensão, prisão preventiva e monitoramento eletrônico, distribuídos em diversas regiões do Brasil. A Polícia Federal destacou que os danos causados ao patrimônio público podem chegar a R$ 40 milhões, e os crimes investigados incluem abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa, incitação ao crime, entre outros.

A sociedade civil aguarda ansiosa por mais informações sobre o desenrolar dessa operação e as medidas que serão tomadas para investigar e punir os responsáveis pelos atos ocorridos em janeiro. A democracia e o Estado de Direito exigem responsabilidade e transparência diante de atos que atentam contra os pilares da nossa sociedade.

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