A região do Matopiba, que abrange os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, foi responsável pela maioria do desmatamento no último mês, totalizando 64% do total. Ainda de acordo com o SAD Cerrado, Tocantins e Piauí perderam 10 mil hectares cada. Destaca-se que Tocantins apresentou um aumento de 40% em relação ao mesmo período do ano anterior, enquanto o Piauí manteve o mesmo nível de desmatamento.
Minas Gerais e Mato Grosso do Sul também registraram um crescimento na vegetação devastada, com um total de 8 mil hectares desmatados, representando um aumento de 23% em relação ao ano anterior. Além disso, o município de Cotegipe, na Bahia, liderou a lista de desmatamento em janeiro, com cerca de 2 mil hectares perdidos, um aumento de 224% em relação ao mês anterior.
É importante ressaltar a relação entre a situação fundiária e as taxas de desmatamento, visto que os vazios fundiários foram a segunda categoria mais desmatada, correspondendo a 11% dos alertas, enquanto as áreas privadas representaram mais de 74% da vegetação derrubada. As áreas de Conservação também foram afetadas, com 5 mil hectares desmatados, sendo as mais impactadas as localizadas no Matopiba, como o Parque Nacional das Nascentes do Rio Parnaíba e a Área de Proteção Ambiental Serra da Ibiapaba.
Diante desse cenário, especialistas do Ipam destacam a importância de medidas efetivas por parte do governo federal para preservar o Cerrado e a Amazônia, garantindo a manutenção das áreas verdes e a biodiversidade desses biomas. A conscientização e ações de combate ao desmatamento são fundamentais para a sustentabilidade ambiental e o equilíbrio ecossistêmico.