Adido comercial do Consulado de Moçambique em Minas Gerais é condenado por associação criminosa e lavagem de dinheiro

O ex-adido comercial do Consulado de Moçambique em Minas Gerais, Marcos Roberto de Almeida, conhecido como Tuta, teve sua história revelada recentemente após ser condenado a 12 anos de prisão por associação criminosa e lavagem de dinheiro. Antes de se tornar líder do Primeiro Comando da Capital (PCC), ele ocupou o cargo de adido comercial no período de julho de 2018 a julho de 2019, enquanto estava foragido da justiça.

De acordo com depoimentos, Tuta era considerado um homem de grande idoneidade e desempenhava suas funções corretamente, sendo reconhecido até mesmo pelo ex-cônsul-honorário da República de Moçambique em Minas Gerais. No entanto, sua ligação com o crime veio à tona durante o processo que o acusou de lavar R$ 1 bilhão da facção criminosa, proveniente do tráfico internacional de drogas.

Além de Tuta, outros três integrantes do PCC foram condenados juntamente com ele. Odair Lopes Mazzi Júnior, Robson Sampaio de Lima e Eduardo Aparecido de Almeida também receberam penas severas por lavagem de dinheiro. O juiz do caso destacou que o esquema utilizado pelos condenados envolvia a técnica de “dólar cabo”, que caracteriza a lavagem de dinheiro e evasão de divisas de forma ilegal.

Após ser demitido do consulado e com o líder máximo do PCC, Marcola, isolado no sistema carcerário federal, Tuta foi apontado como possível substituto do líder da facção criminosa. Porém, sua trajetória no mundo do crime culminou em sua expulsão do PCC, devido a ordens de assassinato e descumprimento de missões.

Apesar de especulações sobre sua morte, Tuta foi considerado foragido pelas autoridades e suspeita-se que ele possa estar na Bolívia. A promotoria de Justiça afirma que o ex-adido comercial ainda está vivo, mas sua localização permanece desconhecida. A saga de Tuta é um exemplo de como uma vida aparentemente idônea pode se transformar em um envolvimento profundo com o crime organizado.

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