A polêmica surge da alegação da faculdade de que a presença da aluna gerava instabilidade no ambiente acadêmico. A decisão de expulsão foi baseada em denúncias sobre o comportamento da estudante. No entanto, a defesa da jovem argumentou que a expulsão foi discriminatória e que não houve um devido processo administrativo para avaliar o caso.
O triste incidente que resultou na morte da adolescente Isabele Guimarães Ramos, de 14 anos, trouxe à tona questões sobre responsabilidade e consequências dos atos. O inquérito policial concluiu que o ato foi doloso, ou seja, com intenção de matar. A jovem, que tinha 14 anos na época do ocorrido, foi acusada de assumir o risco de matar a vítima, uma vez que era treinada no uso de armas de fogo devido à prática de tiro esportivo.
Após um período de internação e avaliações judiciais, o caso foi considerado homicídio culposo, ou seja, sem intenção. Com a conclusão do cumprimento das medidas socioeducativas estabelecidas pela Justiça, a jovem foi considerada apta ao retorno ao convívio social.
A decisão do juiz Haroldo Nader ressalta a importância da ressocialização de adolescentes infratores e o papel da educação na construção de um futuro melhor para esses jovens. O advogado da jovem destacou que o Poder Judiciário confirmou que as universidades não têm autonomia para decidir discricionariamente sobre seu corpo discente, apontando para a importância do respeito aos direitos e garantias individuais.
O caso levanta discussões sobre a justiça, a punição e a oportunidade de reabilitação de jovens infratores, mostrando a complexidade e sensibilidade envolvidas em questões legais e sociais. A reintegração da jovem ao curso de medicina traz à tona reflexões sobre a resiliência e o perdão na sociedade atual.