Fórum Brasileiro de Finanças Climáticas aborda transição energética e financiamento climático em países em desenvolvimento.

O Fórum Brasileiro de Finanças Climáticas, realizado em São Paulo, reuniu entidades da sociedade civil para debater formas de alavancar a transição energética nos países em desenvolvimento e discutir mecanismos para pagamento por serviços prestados pela natureza. O evento também buscou garantir que uma reforma do sistema financeiro leve em consideração aspectos sociais, sendo parte da agenda oficial do G20 Social.

O encontro antecedeu a reunião de ministros de finanças e presidentes de bancos centrais do G20, iniciada nesta quarta-feira na capital paulista. O resultado do G20 deste ano pode influenciar diretamente as negociações da conferência do clima da ONU em novembro, no Azerbaijão, que definirá um novo valor a ser destinado pelos países ricos ao financiamento climático em nações em desenvolvimento.

O tema do financiamento climático é delicado e arrasta-se há anos, com arestas a serem aparadas no ano seguinte, quando a cúpula climática acontecerá no Brasil, em Belém. O Fórum contou com a presença de representantes do governo federal, do BID, ONU, empresários, pesquisadores e ativistas brasileiros e estrangeiros.

Durante o evento, a necessidade da participação ativa da sociedade civil foi ressaltada, com destaque para a importância da continuidade do trabalho pós-G20. Maria Netto, diretora-executiva do Instituto Clima e Sociedade, enfatizou a importância de diálogos abertos, como os ocorridos no fórum, para colaboração entre setores público e privado na reforma do sistema financeiro internacional.

A implementação do Plano de Transformação Ecológica, lançado pelo Ministério da Fazenda em parceria com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança Climática, também foi discutida no evento. O plano visa promover o desenvolvimento sustentável e reduzir desigualdades, mobilizando governos, filantropia, setor privado e atores multilaterais.

Os participantes destacaram a importância de definir uma valoração e remuneração pelos serviços ecossistêmicos prestados pela natureza, como a polinização, fundamental para o PIB global. O Brasil pode utilizar a presidência do G20 como uma oportunidade para buscar consensos em torno de assuntos relevantes para combater a crise climática, como a transição energética e soluções baseadas na natureza.

Em resumo, o Fórum Brasileiro de Finanças Climáticas foi um espaço de diálogo e colaboração entre diferentes atores da sociedade em prol de soluções para os desafios climáticos e a promoção do desenvolvimento sustentável.

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