Os antigos agentes penitenciários, atualmente designados como policiais penais, totalizam 94.673 profissionais em todo o país. Apesar de terem conseguido aprovar uma emenda à Constituição Federal para equiparar sua categoria às outras polícias em 2019, eles ainda lutam por melhorias em seus cargos e salários, que se encontram abaixo da média da Polícia Militar, por exemplo, que possui um salário médio de R$ 8.628,87.
Enquanto isso, outras categorias de segurança apresentam médias salariais mais altas, como a Polícia Federal, com R$ 19.701,17, a Perícia Técnica, com R$ 17.236,92, e a Polícia Civil, com R$ 13.342,36. No entanto, algumas instituições, como a Polícia Rodoviária Federal, a Polícia Penal Federal e a Polícia Militar do Rio de Janeiro, não forneceram dados de remuneração para o ano de 2023.
Para o diretor-presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Renato Sérgio de Lima, é fundamental valorizar os profissionais da segurança, garantindo que exerçam suas funções principais e não sejam desviados para atividades administrativas. Ele destaca a importância de regulamentar as polícias penais nos estados, especialmente considerando o papel desses profissionais no combate às facções criminosas dentro dos presídios.
Em meio a distorções salariais que levam alguns agentes de segurança a receberem salários abaixo da média nacional e outros a ultrapassarem o teto do funcionalismo público, o Fórum ressalta a necessidade de medidas para equilibrar essas disparidades, visando a valorização dos profissionais que atuam diariamente na segurança pública do país.