Netanyahu anuncia plano para retirada de civis em Rafah durante ofensiva final contra o Hamas em Gaza. Pressão internacional cresce.

O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, revelou nesta segunda-feira, 26, que o Exército israelense elaborou um plano para evacuar em massa a população civil das “zonas de combate” próximas à cidade de Rafah, área alvo da ofensiva final de Israel contra o grupo Hamas em Gaza. De acordo com Netanyahu, cerca de 1,3 milhão de refugiados poderiam ser deslocados para o norte de Rafah, onde as operações militares já teriam sido concluídas.

A comunidade internacional tem pressionado Israel devido aos bombardeios em Rafah, o que tem levado o país a se isolar. Apesar de defender a ofensiva como necessária para enfraquecer o Hamas, Netanyahu tem demonstrado otimismo em relação às negociações para um cessar-fogo. Especula-se que o premiê possa estar usando a ameaça de invadir Rafah como uma estratégia para obter vantagem nas negociações.

Uma delegação israelense recentemente chegou ao Catar para dar continuidade às negociações com mediadores internacionais, visando alcançar um cessar-fogo temporário e a libertação de reféns israelenses. O governo de Israel estaria disposto a libertar importantes líderes palestinos em troca de reféns mantidos pelo Hamas em Gaza, o que representaria uma mudança significativa na política israelense.

Os esforços internacionais para estabelecer um cessar-fogo têm enfrentado obstáculos, principalmente devido à recusa de Israel em libertar palestinos condenados por assassinato e em firmar um cessar-fogo permanente, exigências feitas pelo Hamas. No entanto, segundo o jornal New York Times, os negociadores israelenses teriam concordado com uma proposta dos EUA que envolve a libertação de soldados israelenses em troca de palestinos condenados por terrorismo.

Apesar disso, o governo israelense tem adotado uma postura cautelosa diante das negociações, pois a libertação de palestinos condenados por atos de terrorismo poderia gerar críticas internas. Outros detalhes do possível acordo, como a duração do cessar-fogo e a retirada das forças israelenses de Gaza, ainda estão em discussão. A proposta dos EUA abriria espaço para a libertação de reféns, com destaque para mulheres soldados e civis doentes e idosos. Israel também estaria disposto a libertar mais palestinos em troca de reféns, seguindo critérios específicos estabelecidos durante as negociações.

Em meio a essas complexas negociações, a situação na região segue delicada e sujeita a mudanças repentinas. Israel e o Hamas continuam em uma disputa que tem impactado profundamente a população civil e despertado a atenção da comunidade internacional. A busca por um acordo que ponha fim ao conflito e garanta a segurança de ambas as partes permanece como um desafio a ser superado.

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