Comissão de Segurança do Senado se reúne em sigilo para debater fugas em presídios federais de segurança máxima.

Na manhã desta terça-feira (27), membros da Comissão de Segurança Pública do Senado se reuniram a portas fechadas com o secretário nacional de Políticas Penais do Ministério da Justiça, André Garcia, para discutir a situação dos cinco presídios federais de segurança máxima em funcionamento no Brasil. O encontro foi motivado pela fuga de dois detentos da unidade federal de Mossoró, no último dia 14, um evento que trouxe à tona questionamentos sobre a eficácia do sistema penitenciário federal.

Sugerida pelo senador Sergio Moro (União-PR), a audiência foi marcada para que representantes do Ministério da Justiça e Segurança Pública prestassem esclarecimentos à comissão sobre o ocorrido em Mossoró. Moro enfatizou a importância de investigar possíveis falhas estruturais e de equipamentos de segurança na unidade penitenciária potiguar.

Durante a reunião, que teve acesso restrito aos parlamentares e poucos assessores, foram levantadas questões sobre o funcionamento das câmeras de segurança, a reposição de equipamentos danificados e as medidas tomadas para recapturar os fugitivos. Sergio Moro ressaltou a necessidade de entender por que as falhas não foram corrigidas e como evitar que situações semelhantes ocorram no futuro.

O secretário André Garcia apresentou as medidas adicionais de segurança implementadas após a fuga, reforçando o compromisso do governo federal em enviar um projeto de lei ao Congresso Nacional para reestruturar a carreira dos policiais penitenciários federais. Além de Moro, estiveram presentes na audiência outros senadores, como Alessandro Vieira, Carlos Viana, Margareth Buzetti, Damares Alves e Soraya Thronicke, entre outros.

Após o término da reunião, Moro declarou aos jornalistas que as discussões foram produtivas e que a comissão está comprometida em trabalhar para garantir a segurança e a eficácia do sistema penitenciário federal. A fuga dos detentos em Mossoró serviu como alerta para a necessidade de revisão e aprimoramento das medidas de segurança nas unidades federais de alta periculosidade.

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