Amazônia registra recorde de focos de incêndio em fevereiro, com 2.924 pontos identificados até o dia 26, segundo dados do Inpe.

A Amazônia está enfrentando um momento crítico em relação aos focos de incêndio, com um recorde para o mês de fevereiro, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Até o dia 26 do mês passado, foram identificados 2.924 pontos de queimadas, a maior quantidade registrada desde que a série histórica começou em 1999.

No segundo semestre do ano passado, algumas áreas da floresta, especialmente no Amazonas, enfrentaram picos de incêndios. Mesmo com a contratação de mais brigadistas, a gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) admitiu que a estrutura de combate ao fogo era insuficiente. Especialistas já alertavam para os efeitos do fenômeno climático El Niño na região, agravando a estiagem.

Apesar de ter reduzido pela metade o desmatamento em 2023, o governo tem sido pressionado devido à falta de sucesso na prevenção de incêndios. Prometendo a proteção ambiental como uma de suas principais bandeiras, o governo tem sido cobrado pela sociedade. O Ministério do Meio Ambiente, procurado para comentar sobre a situação, ainda não se manifestou.

Comparando com o mesmo período do ano passado, a Amazônia registrou um aumento de 298% nos focos de incêndio. O número deste ano ainda pode aumentar até o final do mês, já que os dados são atualizados diariamente pelo Inpe. A estação seca na Amazônia vai de julho a outubro, tornando a vegetação mais suscetível às queimadas devido ao ar menos úmido.

A maioria dos incêndios na região é resultado de ação humana criminosa, muitas vezes com o objetivo de abrir novas áreas de pastagem. A preservação da Amazônia é crucial para conter as mudanças climáticas, uma vez que o desmatamento é a principal fonte de gases de efeito estufa do Brasil.

Além da Amazônia, outros biomas brasileiros também foram afetados. O Pantanal teve um aumento significativo no número de focos, enquanto a Caatinga e o Cerrado registraram reduções. A Mata Atlântica, por sua vez, apresentou um aumento nos focos de incêndio em comparação com o ano anterior.

A situação demanda ação urgente por parte das autoridades e da sociedade para proteger o meio ambiente e combater os incêndios que ameaçam a biodiversidade da região. O impacto dessas queimadas vai além das fronteiras brasileiras e afeta todo o planeta.

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