Ministra descarta venda de imóveis da União para arrecadação e destaca programa de democratização de ativos públicos com potencial de redução de custos.

O governo brasileiro está apostando em uma nova estratégia para aumentar sua arrecadação sem necessariamente vender imóveis da União. A ministra de Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, compartilham da visão de que é possível dar destinações diversas aos ativos do governo que atualmente não estão sendo utilizados de forma adequada.

Em uma coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira, Dweck detalhou o programa de democratização de imóveis da União, que visa encontrar alternativas para esses imóveis que vão além da simples venda. Essa abordagem contrasta com a postura do governo anterior, que focava principalmente na alienação dos imóveis com o objetivo de arrecadar cerca de R$ 1 trilhão.

Em relação a essa projeção, Dweck classificou o número como “superestimado”, ressaltando que nem todos os ativos contabilizados nessa cifra são passíveis de venda. A ministra enfatizou que estão trabalhando com imóveis que de fato podem ter uma destinação adequada, contribuindo para a redução de custos do governo sem aumentar os gastos.

Um exemplo citado por Dweck foi o uso de terrenos da União no programa Minha Casa, Minha Vida, que pode baratear significativamente a construção de novas unidades habitacionais. Além disso, a ministra destacou que alguns ativos poderão passar por um processo de valorização, contribuindo para o aumento do patrimônio público.

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, complementou que qualquer economia de recursos alcançada será revertida no aumento da meta dos programas. Ele mencionou a possibilidade de alguns imóveis serem leiloados, principalmente aqueles localizados em áreas de grande valorização. Costa também mencionou a opção de leilões na modalidade de permuta, em que a iniciativa privada arremata um imóvel oferecendo serviços em troca.

Em resumo, o governo brasileiro está apostando na utilização mais estratégica dos imóveis da União para não apenas aumentar sua arrecadação, mas também para reduzir custos, valorizar ativos e impulsionar programas sociais e de habitação. Este novo enfoque visa atrair recursos privados e potencializar o uso eficiente do patrimônio público.

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