Repórter São Paulo – SP – Brasil

Golpistas utilizam imagens de crianças doentes em vaquinhas falsas e arrecadam R$35 mil em um mês, revela reportagem do Fantástico.

Criminosos estão se aproveitando da comoção em torno de crianças doentes para aplicar golpes por meio de vaquinhas online falsas. De acordo com uma reportagem veiculada no programa Fantástico da Rede Globo, esses golpistas já conseguiram arrecadar o montante de R$ 35 mil em apenas um mês.

Um exemplo trágico dessa situação é a família de Madelaine Morigi e Renato, que passaram por momentos difíceis quando a filha Nicolly foi diagnosticada com um tumor em 2022. Com a ajuda de amigos e até desconhecidos, eles conseguiram arrecadar R$ 13 mil em uma vaquinha online, um valor crucial para o tratamento da criança.

Mesmo após uma cirurgia bem-sucedida, a família recebeu a notícia de que o tumor da Nicolly havia retornado em 2023. Diante disso, Madelaine decidiu abrir uma nova campanha e divulgar nas redes sociais para angariar recursos para o tratamento da filha.

No entanto, a família foi surpreendida por acusações de golpe, com pessoas afirmando que a imagem da criança doente estava sendo utilizada de forma fraudulenta. Ao investigar, descobriu-se que os responsáveis pelo golpe estavam usando a conta bancária da mãe de um dos suspeitos para receber o dinheiro das doações.

A situação se agravou com a descoberta de que o golpe era aplicado em pelo menos cinco estados diferentes, com boletins de ocorrência sendo registrados em nome dos suspeitos. Outras famílias, como a de Winnie dos Santos, também foram vítimas do mesmo esquema fraudulento, levando à formalização do indiciamento dos criminosos por estelionato.

A defesa dos acusados se recusou a comentar sobre o indiciamento do casal, mas afirmou que ambos já prestaram depoimento às autoridades policiais. A justiça segue investigando e procurando responsabilizar os envolvidos nesse golpe que além de causar prejuízos financeiros, manipula a generosidade das pessoas em momentos de fragilidade e necessidade.

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