Os dados revelados nesse estudo recentemente publicado na revista The Lancet Regional Health – Americas apontam para uma realidade preocupante. As taxas de notificação por autolesões aumentaram de forma consistente em todas as regiões do Brasil, refletindo um cenário alarmante. A pesquisadora Flávia Jôse Alves, líder da investigação, ressaltou a importância de políticas e intervenções para lidar com essa questão.
A análise também abordou o impacto da pandemia da covid-19 na saúde mental, mostrando que, apesar do aumento dos transtornos mentais como ansiedade e depressão, as taxas de suicídio mantiveram-se em crescimento constante ao longo do tempo. A falta de acesso a dados de qualidade ainda é um problema em várias partes do mundo, mas, no Brasil, a existência de três bases de dados com informações sobre suicídio pode auxiliar na prevenção e monitoramento dessa triste realidade.
A psiquiatra Alessandra Diehl e a psicóloga Paula Zanelatto expressaram preocupação com os dados do estudo e destacaram a importância de fornecer suporte e informação para prevenir o suicídio entre os jovens. Iniciativas como o Centro de Valorização da Vida (CVV) estão disponíveis para oferecer apoio emocional e prevenção do suicídio de forma gratuita.
Diante desse cenário alarmante, é crucial que políticas públicas sejam implementadas visando a prevenção do suicídio e a promoção da saúde mental entre os jovens no Brasil. O diálogo aberto, o acesso a tratamentos adequados e o apoio emocional são fundamentais para lidar com essa questão de forma eficaz e humana. Enquanto isso, a sociedade como um todo deve estar atenta e disposta a oferecer ajuda e acolhimento a quem precisa.