Durante sua estadia, Tubiana apresentou detalhes de uma força-tarefa criada para debater a necessidade de mobilizar recursos financeiros para apoiar a transição dos países em desenvolvimento para uma economia de baixo carbono. Essa iniciativa é liderada pela Fundação Europeia do Clima, em parceria com os governos da França, do Quênia e de Barbados, já contando com o apoio de países como Espanha e Colômbia.
De acordo com Tubiana, a questão do financiamento internacional é crucial, e ela está em busca de novas fontes de financiamento, incluindo estratégias de tributação internacional. A diretora ressaltou a importância de envolver a sociedade civil nas discussões da COP30, destacando a relevância das comunidades indígenas, em especial as da Amazônia, no combate às mudanças climáticas e na proteção da biodiversidade.
Durante sua passagem pelo Brasil, Tubiana elogiou o Plano de Transição Ecológica do país, que visa promover o desenvolvimento sustentável e mitigar as mudanças climáticas. No entanto, ela também criticou a presença do setor petroleiro em conferências passadas sobre o clima, argumentando que eles não devem dominar as discussões.
Além de se reunir com autoridades brasileiras em Brasília, como a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, Tubiana também participará do Fórum Brasileiro de Finanças Climáticas em São Paulo, abordando as últimas tendências nessa agenda. Antes de integrar a Fundação Europeia do Clima, Tubiana foi embaixadora da França para Mudanças Climáticas e teve papel fundamental na articulação do Acordo de Paris durante a COP21.