Essa característica coloca São Caetano ao lado de cidades como Santos, que possui 63,4% de seus habitantes em apartamentos, e Balneário Camboriú (SC), com 57,2%. Esses dados revelam uma particularidade no país, que tem 82,32% de sua população vivendo em casas. Já no Estado de São Paulo, a maioria ainda reside em casas, representando 77,28%.
Segundo Bruno Mandeli, técnico do IBGE, a verticalização das moradias é uma realidade que vem se intensificando em todas as regiões do Brasil. No Sudeste, por exemplo, o número de pessoas vivendo em apartamentos passou de 11% no censo de 2000 para 16,7% atualmente.
Para Enio Moro Júnior, gestor do curso de Arquitetura e Urbanismo da USCS (Universidade Municipal de São Caetano do Sul), a verticalização não precisa ser encarada como um problema, desde que haja um planejamento adequado para garantir o desenvolvimento urbano sustentável. Medidas como investimentos em infraestrutura, como sistemas de água e esgoto, transporte público e espaços públicos, são essenciais para lidar com esse cenário.
Um estudo realizado pela empresa Lello apontou que, somente no ABC, serão entregues este ano 57 novos prédios de apartamentos, com um total de 10,4 mil unidades. Esse crescimento urbano também foi tema de um evento realizado em Diadema, que contou com a presença do prefeito de São Caetano e presidente do Consórcio Intermunicipal do ABC, José de Filippi Júnior, do presidente do IBGE, Márcio Pochmann, e outras autoridades locais.
Filippi destacou a importância do censo para subsidiar políticas públicas mais eficazes e a vice-prefeita Patty Ferreira ressaltou a relevância dos dados para a redução das desigualdades e o desenvolvimento social. Esse panorama evidencia a necessidade de um planejamento urbano integrado e sustentável para garantir o bem-estar da população que vive em apartamentos e preservar a qualidade de vida nas cidades.
