O documento assinado pelas deputadas alega que há indícios de ameaças, intimidações, maus-tratos, invasão de domicílios, tortura e execuções sumárias de civis na Baixada Santista. A Operação Verão foi desencadeada após a morte do soldado Samuel Wesley Cosmo, da Rota, aumentando o número de óbitos em comparação com a Operação Escudo do ano anterior, considerada até então a mais letal desde o Massacre do Carandiru.
Os parlamentares expressaram surpresa com a continuidade do aumento do número de civis mortos, mesmo após a captura do suspeito de ter assassinado Cosmo. Eles levantam a hipótese de que a operação seria uma vingança do estado de São Paulo, considerando a proporção das ações e desproporção em relação ao número de mortos. No Rio de Janeiro, o deputado federal Pastor Henrique Vieira articulou, juntamente com outros parlamentares, um pedido ao Ministério Público de São Paulo para colaborar com informações e investigações sobre os fatos na Baixada Santista.
Os parlamentares destacam a gravidade dos homicídios por intervenção policial em todo o Brasil e solicitam ao Ministério Público que acompanhe de perto as denúncias de alteração de cena dos crimes para evitar dificuldades no trabalho pericial. Organizações de direitos humanos e a Defensoria Pública também já haviam denunciado à ONU e à CIDH as execuções sumárias, arbitrárias e extrajudiciais ocorridas no litoral de São Paulo.
Enquanto isso, os atores Giovanna Antonelli e Danton Mello promoveram a pré-estreia do filme “Apaixonada” em São Paulo, contando com a presença da ex-jogadora de vôlei Márcia Fu. A luta contra a violência policial e a proteção dos direitos humanos se mostram como desafios urgentes a serem enfrentados pelas autoridades brasileiras em meio a essa escalada de violência na Baixada Santista.