De acordo com o inquérito policial concluído nesta sexta-feira (23), Everton foi indiciado por lesão corporal de natureza leve e desobediência, uma vez que teria resistido à prisão. Já Sérgio foi indiciado apenas por lesão corporal leve. O incidente em questão aconteceu em 17 de fevereiro, em uma rua do bairro Rio Branco.
Durante a investigação, foi apurado que Everton teria reagido ao ataque atirando três grandes pedras nas pernas de Sérgio, resultando em escoriações leves para ambos. Além disso, a sindicância da Corregedoria-Geral da Brigada Militar concluiu que os policiais que algemaram Everton após o incidente não agiram de maneira irregular.
O caso ganhou destaque também por ter sido registrado em vídeo por pessoas que estavam na rua, que apontaram racismo contra o motoboy, um homem negro, e abuso de poder por parte das autoridades. O corregedor-geral da Brigada, coronel Vladimir da Rosa, defendeu a atuação dos policiais, alegando que eles foram chamados para uma situação de briga generalizada e não tinham como identificar de imediato quem era a vítima.
Durante a sindicância, 27 pessoas foram ouvidas, incluindo Everton, os policiais e testemunhas. Foram apresentados 12 vídeos que mostravam Everton atirando pedras em Sérgio. O coronel também mencionou desentendimentos prévios entre os envolvidos, com reclamações feitas por Sérgio desde outubro de 2023 sobre a presença de motociclistas em frente à sua residência.
Diante dos desdobramentos do caso, torna-se evidente a complexidade e as nuances envolvidas em situações de conflito como essa, ressaltando a importância do papel das autoridades em garantir a segurança e a justiça para todos os envolvidos. A sociedade segue atenta aos desdobramentos e desfechos que essa investigação trará.