Ao ser questionado sobre essa discrepância, o Ministério da Saúde informou que a publicação se referia aos dados disponíveis em janeiro, o que gerou controvérsias e críticas por parte da ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara. Ela reconheceu que as ações implementadas no primeiro ano do governo Lula não foram eficazes o suficiente para resolver as questões enfrentadas pelos Yanomamis. Guajajara destacou a presença do garimpo como um obstáculo para o atendimento adequado aos indígenas e ressaltou que o governo federal focou principalmente em ações emergenciais ao longo do último ano.
Em uma entrevista coletiva, a ministra anunciou a transição de ações emergenciais para ações permanentes, com a instalação da casa de governo em Boa Vista. Porém, o Ministério da Saúde se absteve de responder sobre as principais causas de morte dos indígenas na região.
O governo Lula recentemente admitiu falhas na saúde indígena em um plano enviado ao STF, reconhecendo a necessidade de melhorias. Diante do aumento das mortes, o Ministério da Saúde justificou que os dados de 2023 não podem ser comparados com os anos anteriores devido a subnotificações. A atual gestão afirmou ter encontrado polos de atendimento fechados devido à ação de garimpeiros e destacou a retomada da assistência.
Além disso, o governo federal iniciou um Inquérito de Saúde Indígena em colaboração com o IBGE para analisar os registros de saúde de anos anteriores e esclarecer a discrepância entre os números do Censo e os registros do Ministério da Saúde. Essas investigações buscam melhorar o atendimento e a assistência à população indígena na Terra Indígena Yanomami.