Lula classifica ações de Israel como genocídio em discurso no Rio de Janeiro: “Não é possível aceitar nenhuma guerra”.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez novas declarações polêmicas sobre a guerra em Gaza, durante o lançamento do programa Petrobras Cultural, no Rio de Janeiro. Após a controvérsia gerada por sua comparação das ações israelenses na Faixa de Gaza ao Holocausto, Lula classificou o conflito como genocídio e responsabilizou o governo de Israel pelas mortes de cerca de 30 mil civis, em sua maioria mulheres e crianças palestinas.

Durante seu discurso, o presidente reafirmou seu apoio à criação de um Estado Palestino livre e soberano e à convivência pacífica entre esse estado e Israel. Ele criticou as ações de Israel, classificando-as como genocídio devido às mortes de civis, especialmente mulheres e crianças.

Lula também refutou interpretações errôneas de suas declarações anteriores, feitas na Etiópia, em que comparou a ação de Israel em Gaza ao Holocausto perpetrado por Adolf Hitler na Segunda Guerra Mundial. Ele ressaltou a gravidade das mortes de crianças e mulheres palestinas, denunciando a falta de sensibilidade da classe política diante dos conflitos em curso.

Além disso, o presidente criticou a postura hipócrita da classe política global e lamentou a inação diante de conflitos como os de Gaza e da Ucrânia. Lula defendeu uma reforma no Conselho de Segurança da ONU para incluir mais representações de países de diferentes regiões e criticou os vetos dos Estados Unidos às resoluções da ONU para um cessar-fogo em Gaza.

Em meio à crise diplomática com Israel, que o declarou persona non grata no país, o Brasil convocou seu embaixador em Tel Aviv para consultas e o ministro das Relações Exteriores criticou o chanceler israelense por declarações contra Lula. O presidente encerrou seu discurso pedindo mais política e menos hipocrisia na busca por soluções pacíficas para conflitos em todo o mundo.

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