Durante seu discurso, o presidente reafirmou seu apoio à criação de um Estado Palestino livre e soberano e à convivência pacífica entre esse estado e Israel. Ele criticou as ações de Israel, classificando-as como genocídio devido às mortes de civis, especialmente mulheres e crianças.
Lula também refutou interpretações errôneas de suas declarações anteriores, feitas na Etiópia, em que comparou a ação de Israel em Gaza ao Holocausto perpetrado por Adolf Hitler na Segunda Guerra Mundial. Ele ressaltou a gravidade das mortes de crianças e mulheres palestinas, denunciando a falta de sensibilidade da classe política diante dos conflitos em curso.
Além disso, o presidente criticou a postura hipócrita da classe política global e lamentou a inação diante de conflitos como os de Gaza e da Ucrânia. Lula defendeu uma reforma no Conselho de Segurança da ONU para incluir mais representações de países de diferentes regiões e criticou os vetos dos Estados Unidos às resoluções da ONU para um cessar-fogo em Gaza.
Em meio à crise diplomática com Israel, que o declarou persona non grata no país, o Brasil convocou seu embaixador em Tel Aviv para consultas e o ministro das Relações Exteriores criticou o chanceler israelense por declarações contra Lula. O presidente encerrou seu discurso pedindo mais política e menos hipocrisia na busca por soluções pacíficas para conflitos em todo o mundo.