Mais da metade dos deslocados relataram ter interagido com alguém que parecia estar tentando praticar uma fraude, e mais de um terço ficou deslocado por mais de um mês. Os Estados Unidos registraram 28 desastres no ano passado, cada um custando pelo menos US$ 1 bilhão. No entanto, estimar o número de pessoas deslocadas tem sido um desafio devido ao sistema fragmentado de resposta a desastres do país.
Esse novo dado sobre os deslocamentos se mostra cada vez mais urgente à medida que a mudança climática intensifica o clima extremo, alertam os especialistas. Andrew Rumbach, do Urban Institute, destaca que os impactos desses eventos têm um custo cumulativo significativo e muitas vidas são perturbadas de alguma forma.
Os dados foram coletados pela Pesquisa Pulso das Famílias do Census Bureau, que incluiu perguntas sobre desastres a partir de dezembro de 2022. Os resultados mais recentes revelam que 2,5 milhões de pessoas foram deslocadas no ano passado, uma queda em relação aos 3,3 milhões registrados no ano anterior.
O deslocamento de pessoas devido a desastres naturais, como furacões, inundações e incêndios, continua sendo uma realidade nos Estados Unidos, com centenas de milhares de pessoas deixando suas casas em estados como Flórida, Texas, Califórnia e Louisiana. No entanto, a contagem de deslocados pode ser enganosa, já que muitas pessoas deslocadas podem não buscar ajuda ou não serem contabilizadas pelas agências de resposta.
Além disso, os dados apontam que comunidades com menor poder político e sujeitas à discriminação são as mais afetadas pelos desastres climáticos. Pessoas pertencentes a minorias étnicas têm mais chances de serem deslocadas, especialmente aquelas que também se identificam como LGBTQ. Portanto, compreender a magnitude desses deslocamentos é crucial para políticas públicas mais eficazes no enfrentamento dos desafios climáticos.
