Na manhã dessa quinta-feira, 22, foi observada uma queda no valor do dólar. Esse movimento se deve, em grande parte, ao alívio nos rendimentos dos Treasuries. Esse ajuste reflete o apetite dos investidores pelo risco nos mercados, o que foi impulsionado pelo rali das ações da Nvidia em Nova York. Isso acontece após a elevação dos retornos dos títulos americanos na quarta-feira, 21, que foi resultado da divulgação da ata do Fed. Essa ata reforçou a chance de início de corte de juros em junho nos EUA.
Além disso, os investidores também estão de olho no Boletim Focus. Enquanto isso, aguardam a divulgação da ata da reunião de política monetária do Banco Central Europeu, que está prevista para as 9h30, e os números de arrecadação do governo brasileiro em janeiro, que serão divulgados às 10h30.
No Boletim Focus, a previsão para o déficit primário em relação ao PIB manteve-se em 0,80%. É importante destacar que a meta do governo para este ano é de resultado primário zero. Além disso, a projeção para o IPCA de 2024 passou de 3,82% para 3,81%, e para 2025 passou de 3,51% para 3,52%.
A ministra do Planejamento, Simone Tebet, apresentou na quarta-feira o cronograma da revisão de gastos públicos em 2024 em reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Esta iniciativa tem como objetivo identificar programas menos eficientes que podem ter uma melhor alocação dos recursos, com o foco de dar nova prioridade o uso do dinheiro público, e auxiliar na perseguição da meta fiscal neutra.
Haddad afirmou na quarta-feira que o governo deve acatar a proposta do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, para dividir os conteúdos da medida provisória (MP) que propôs a reoneração gradual da folha de pagamento, em projeto de lei com urgência constitucional para temas que já foram tratados pelo Legislativo. O ministro disse que isso deve ocorrer antes do final de março.
Além disso, o ministro conversou com o presidente da Câmara, Arthur Lira, sobre a controvérsia em torno dos valores do Perse e pediu mais prazo para apresentar os dados tendo em vista o fim recente da paralisação de auditores fiscais.
Também nesta quinta, o diretor de Política Monetária do BC, Gabriel Galípolo, fala em evento da Câmara Espanhola, em São Paulo, a partir das 9h.
No exterior, nos EUA, a agenda traz ainda dados de pedidos semanais de auxílio-desemprego às 10h30, e os PMIs composto, de serviços e industrial preliminares de fevereiro às 11h45.
Às 9h32, o dólar futuro para março cedia 0,20%, aos R$ 4,9290. Em Nova York, o juro da T-note de 2 anos estava a 4,679%, o da T-note de 10 anos recuava a 4,317% e o do T-bond de 30 anos diminuía a 4,476%. O índice DXY do dólar ante seis divisas principais recuava 0,31%, a 103,68 pontos.
Com esses acontecimentos influenciando o mercado financeiro, investidores e analistas devem continuar acompanhando de perto as oscilações do dólar e as informações vindas do exterior para avaliar os próximos movimentos e projeções da moeda.
