A cenoura foi o produto que registrou a maior alta, ficando em média 96,91% mais cara em janeiro. O motivo apontado pela Conab foi a menor oferta da raiz rica em caroteno registrada no mercado atacadista. As chuvas nas regiões Sul e Sudeste também afetaram a produção e os plantios, o que poderá ocasionar novas altas de preço nos meses seguintes. A batata comum também teve uma alta expressiva de 35,25% devido ao atraso do plantio causado pelas chuvas nas principais regiões produtoras.
No caso da banana, a maior elevação nos preços, 13,84%, ocorreu devido à entressafra da produção da variedade da banana prata na Bahia e no norte de Minas Gerais. A procura internacional para fazer suco da laranja também elevou os preços da fruta, que ficou em um contexto de menor oferta no mercado nacional, de acordo com a Conab.
Entre as frutas ou hortaliças que apresentaram uma queda nos preços, estão a cebola, o tomate, o mamão e a melancia. Em janeiro, a cebola teve uma reversão do movimento de alta que vinha se apresentando no atacado, enquanto o tomate teve uma queda de preços devido ao aumento na oferta.
De forma similar, o mamão e a melancia estavam em maior oferta nas ceasas, o que contribuiu para a queda de preços das frutas. O estudo realizado pela Conab apontou que as informações sobre os preços das principais frutas e hortaliças comercializadas no setor atacadista podem ser encontradas no boletim publicado na página da Conab.
O Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro Fevereiro (Prohort) visa oferecer alternativas aos pontos de revenda de alimentos e aos consumidores em geral, através da análise e divulgação dos preços de produtos que compõem a alimentação dos consumidores, quando apresentarem destaque de queda nas cotações. Este levantamento dos dados estatísticos foi realizado em centrais de abastecimento localizadas em diversas regiões do país e é parte fundamental para a análise do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), índice de inflação oficial no país.