A Turquia tem sido uma das vozes mais críticas em relação às ações de Israel em Gaza, apoiando inclusive a possibilidade de julgar o país por genocídio na Corte Internacional de Justiça. Além disso, ao contrário de seus aliados ocidentais e de algumas nações do Golfo, a Turquia não considera o Hamas como uma organização terrorista.
Durante a reunião do G20, Fidan se reuniu com importantes representantes de outros países, como Estados Unidos, Alemanha e Egito, para discutir medidas para alcançar um cessar-fogo urgente em Gaza. Com o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, foram discutidas “medidas que podem ser tomadas para alcançar um cessar-fogo total o mais rápido possível”. Já com a ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, foram abordadas medidas concretas para interromper os combates.
Fidan também aproveitou a oportunidade para criticar a inação do Conselho de Segurança da ONU em relação ao conflito em Gaza, afirmando que a situação demonstra a necessidade de reformas no órgão. Segundo ele, a postura do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva em relação ao conflito foi admirável, fazendo referência aos comentários de Lula comparando a guerra em Gaza ao genocídio nazista durante a Segunda Guerra Mundial.
É evidente que a Turquia está buscando ativamente soluções diplomáticas para o conflito em Gaza, buscando o apoio da comunidade internacional para interromper a violência na região. A presença do ministro Hakan Fidan na reunião do G20 foi marcada por suas declarações incisivas a favor de um cessar-fogo urgente e de uma solução de dois Estados para o conflito entre Israel e Palestina.