Lula se reúne com chanceler russo em meio a tensões diplomáticas internacionais.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está com a agenda cheia. Nesta quinta-feira, 22, ele se reunirá com o chanceler russo, Sergey Lavrov, às 18 horas no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República. O compromisso foi incluído recentemente na agenda de Lula.

Lavrov está no Brasil para participar do encontro de ministros das Relações Exteriores do G20, que está sendo realizado no Rio de Janeiro. O G20 reúne autoridades de 30 países e 15 organizações internacionais, entre elas a União Africana e a União Europeia.

Esta reunião entre Lula e Lavrov acontece um dia após o presidente brasileiro se encontrar com o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, no Palácio do Planalto, na quarta-feira, 21. O encontro do petista com Blinken também faz parte da reunião de chanceleres do G20 e coincide com a crise diplomática entre Brasil e Israel, que tem nos Estados Unidos um dos seus maiores aliados.

A crise diplomática teve início no domingo, 18, quando, em entrevista coletiva de imprensa realizada na Etiópia, o chefe do Executivo brasileiro fez uma comparação entre a morte de palestinos com o extermínio de judeus feito pelo líder da Alemanha Nazista, Adolf Hitler. Durante o regime nazista, que ocorreu entre 1933 e 1945, 6 milhões de judeus foram mortos.

“O que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existiu em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu. Quando Hitler resolveu matar os judeus”, afirmou Lula a jornalistas em Adis Abeba, na Etiópia, onde participou como convidado da cúpula anual da União Africana. As declarações foram imediatamente repudiadas pelo primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, que afirmou que Lula “atravessou uma linha vermelha”.

Essa agenda movimentada de encontros com autoridades internacionais coloca o Brasil em destaque no cenário diplomático mundial e mostra a importância do país nas relações globais. A situação evidencia a necessidade de um posicionamento diplomático firme por parte do governo brasileiro em relação a conflitos e crises internacionais.

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