Chanceleres do G20 debatem sobre a guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas e lançam críticas à declaração de Lula

A guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas ganhou destaque na primeira reunião de chanceleres do G20, realizada nesta quarta-feira, dia 21, no Rio de Janeiro. Delegações estrangeiras revelaram que o debate sobre o conflito no Oriente Médio foi intenso, com manifestações mais enfáticas a favor dos palestinos por parte de países como Egito, Indonésia e África do Sul. Por outro lado, Estados Unidos e Reino Unido expressaram apoio à necessidade de reagir ao terrorismo do Hamas.

As comparações feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva entre o Holocausto e a campanha militar israelense contra o Hamas em Gaza geraram desconforto e condenação por parte de algumas delegações presentes. Segundo fontes diplomáticas, a Noruega e a Alemanha foram alguns dos países que expressaram preocupação com os comentários feitos por Lula, destacando que nada é comparável ao Holocausto, e pedindo que a humanidade se lembre do extermínio em massa de judeus pelos nazistas.

As declarações de Lula também foram alvo de crítica por parte do secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, que manifestou “discordância” em reunião privada com o presidente brasileiro. Além disso, o governo israelense considerou a declaração de Lula um ato de antissemitismo, por equiparar as vítimas do nazismo ao conflito em Gaza.

Durante a reunião, houve também menções críticas à Rússia de Vladimir Putin, principalmente pela invasão militar à Ucrânia e pela morte do opositor Alexei Navalni. O chanceler britânico, David Cameron, foi um dos mais vocais na crítica a Putin, destacando a importância de respeitar a soberania dos países e questionando a postura russa em relação à Ucrânia, além de manifestar preocupação com as vítimas em Gaza.

Diante desse cenário, as declarações e reações dos chanceleres presentes na reunião do G20 evidenciaram a polarização em relação ao conflito em Gaza e a postura de diferentes países diante do tema. Porém, apesar da unanimidade em favor da “solução de dois Estados” – a coexistência de um Estado Palestino com o Estado de Israel – ainda não ficou claro como os países conseguiriam coordenar esforços nesse sentido.

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