As saídas temporárias são consideradas por muitos como um mecanismo eficiente para a ressocialização dos detentos, uma vez que, segundo dados, 95% dos presos beneficiados retornam ao sistema. Além disso, as saídas não são concedidas sem critério, sendo proibidas em casos de crimes hediondos com resultado de morte e exigindo bom comportamento, tempo de cumprimento de pena e autorização judicial.
No entanto, a aprovação do projeto de lei pelo Senado gerou críticas ao ser vista como uma medida populista penal. Para os críticos, a medida dificulta o incentivo para que o detento tenha bom comportamento e cumpra sua pena, além de beneficiar as facções criminosas presentes nas cadeias.
De acordo com levantamento do Ministério da Justiça, atualmente, 70 facções operam nas cadeias, com o Comando Vermelho e o PCC presentes em 25 das 27 unidades da Federação. Além disso, casos concretos de erros, como o assassinato brutal do PM Roger Dias da Cunha, cometido por um preso beneficiado, são condenáveis, mas não podem pautar a política pública para os demais beneficiados.
Dessa forma, a medida aprovada pelo Senado gerou um debate acalorado sobre a eficácia das saídas temporárias e os impactos de sua suspensão. Enquanto alguns defendem a medida como uma forma de combater a criminalidade, outros a criticam por prejudicar a ressocialização dos detentos e por favorecer as facções criminosas. É esperado que o tema continue sendo discutido e debatido nos próximos dias.