Petrobras e BNDES planejam fundo de Corporate Venture Capital para empresas de base tecnológica

A Petrobras e o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciaram o início dos estudos para a criação de um fundo de Corporate Venture Capital (CVC) com o objetivo de apoiar micro, pequenas e médias empresas de base tecnológica. A ideia é identificar os setores mais promissores para esse tipo de investimento, com foco nos temas relacionados à transição energética e alinhados às estratégias de longo prazo da Petrobras e do BNDES.

Essa iniciativa surge como parte de um Acordo de Cooperação Técnica assinado no ano passado, visando à formação da Comissão Mista BNDES-Petrobras. A comissão, voltada para as áreas de óleo e gás, tem como foco a pesquisa científica, transição energética, descarbonização e desenvolvimento produtivo e governança. A duração do acordo é de até quatro anos.

O fundo de CVC será constituído de acordo com as normas da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O gestor será escolhido por meio de edital público, e terá independência para as decisões e investimentos, além de autoridade para agir em nome do fundo. A proposta de investimento abrangerá negócios inovadores relacionados a energias renováveis e de baixo carbono que acelerem o posicionamento da Petrobras na transição energética.

A Petrobras planeja aportar um montante de US$ 100 milhões para a estratégia de investimentos em CVC nos próximos cinco anos, de acordo com o Plano Estratégico 2024-2028. Segundo o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, a cooperação com o BNDES acelerará os processos de governança e estruturação do CVC, servindo como alavanca de crescimento para a captura de valor da inovação em energias de baixo carbono.

O diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Maurício Tolmasquim, enfatizou que o CVC permitirá fomentar ideias e modelos de negócios inovadores, de maneira integrada ao arcabouço de inovação que a Petrobras já desenvolve no âmbito dos seus projetos de pesquisa e desenvolvimento.

Por sua vez, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou que investir em transição energética e inovação é essencial para garantir o desenvolvimento sustentável da economia brasileira. Ele ressaltou que o capital de risco é uma ferramenta importante para financiar micro, pequenas e médias empresas inovadoras, e o engajamento de grandes empresas públicas, como BNDES e Petrobras, é fundamental para impulsionar novos avanços tecnológicos no país.

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